domingo, 27 de maio de 2012

Estudo indica que anti-cancerígeno reverte rapidamente Alzheimer em ratos

Avanço pode resultar no desenvolvimento de um tratamento para a doença

 Um medicamento contra o câncer restaurou rapidamente as funções cerebrais normais de ratos de laboratório que sofriam do Mal de Alzheimer, um avanço que pode resultar no desenvolvimento de um tratamento para esta doença incurável e devastadora, revelou um estudo publicado nesta quinta-feira.
Este anti-cancerígeno, o bexaroteno, fez desaparecer nos ratos até 75% das placas beta-amilóides, uma forma de proteína cujo acúmulo é uma das principais características patológicas do Alzheimer. Além disso, ele reverteu os sintomas desta doença, como a perda de memória.
Após 72 horas do início do tratamento com o bexaroteno, os ratos -geneticamente modificados para desenvolver o equivalente da doença de Alzheimer- começaram a exibir comportamentos normais, explicam os pesquisadores do estudo.
Estes animais também recuperaram a memória e o olfato, explicou à AFP o Dr. Daniel Wesson, professor adjunto de Neurociência na faculdade de Medicina Case Western, em Cleveland (Ohio), principal co-autor do estudo publicado na revista americana Science do dia 10 de fevereiro.
Ele notou que a perda de olfato é, geralmente, o principal sinal de Alzheimer nos humanos.
Este avanço "não tem precedentes", considerou Paige Cramer, um pesquisador da Case Western que contribuiu com a pesquisa: "Até agora o melhor tratamento existente em ratos de laboratório demorava vários meses para eliminar as placas amilóides".
"Este medicamento é eficaz nos ratos e o nosso próximo objetivo é verificar se funciona da mesma maneira nos humanos", acrescentou o Dr. Gary Landreth, professor de neurociência na mesma faculdade e principal autor do estudo.
"Estamos ainda nos primeiros estágios para transformar esta descoberta fundamental em um tratamento", disse o pesquisador.
Segundo o Dr. Wesson, a equipe "espera obter os primeiros resultados de um teste clínico preliminar até o ano que vem".
Esta pesquisa foi baseada na descoberta, em 2008, do Dr. Landreth sobre o fato que o principal veículo do colesterol no cérebro, uma proteína chamada Apolipoproteína E (ApoE), também facilita a destruição das beta-amilóides.
Um aumento dos níveis dessa proteína no cérebro acelera a "limpeza" das placas amilóides que se acumulam, explicam os cientistas.
O Mal de Alzheimer se desenvolve em grande parte quando o organismo, em processo de envelhecimento, perde a capacidade de eliminar a beta-amilóide que se forma naturalmente no cérebro.
Aparentemente o bexaroteno reprograma as células imunocompetentes no cérebro para que elas possam "devorar" novamente os depósitos amilóides.
O bexaroteno, inicialmente desenvolvido pelo laboratório americano Ligand Pharmaceuticals com o nome de marca Targretin, foi aprovado pela Agência Americana de Medicamentos (FDA) em 1999. Ele trata um câncer raro de linfoma cutâneo de células T.
O laboratório japonês Eisai comprou o direito internacional de comercializar o bexaroteno em 2006.


Fonte: http://noticias.r7.com/saude/noticias/estudo-indica-que-anti-cancerigeno-reverte-rapidamente-alzheimer-em-ratos-20120209.html

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Musculação atenua sintomas da doença da Parkinson, diz estudo

Avanço foi medido em 48 pacientes, após dois anos de exercícios.
Pesquisa será mostrada em reunião da Academia Americana de Neurologia.


           Em estudo que será apresentado em encontro da Academia Americana de Neurologia em abril aponta que a prática de levantar peso atenua os danos à coordenação motora provocados pela doença de Parkinson.
           O teste clínico realizado por uma equipe da Universidade de Illinois, na cidade de Chicago, levou em conta as melhorias da atividade física em portadores da doença, acompanhados durante dois anos pelos pesquisadores.
          No trabalho, foram comparados os efeitos da musculação com outras formas de exercício, como alongamentos e técnicas de equilíbrio em 48 pacientes. Cada grupo de participantes se exercitou durante uma hora, duas vezes por semana, durante todos os 24 meses de estudo.
          Os sintomas comuns à doença como rigidez no corpo e tremores foram medidos usando uma escala criada por especialistas (UPRDS, na sigla em inglês), que avalia a evolução da doença em seis, 12, 18 e 24 meses. As medidas foram feitas em épocas nas quais os pacientes não estavam tomando as medicações para controlar a doença degenerativa.
          Tanto exercícios de equilíbrio e alongamento quanto musculação mostraram melhora na coordenação motora após seis meses, mas aqueles que levantaram pesos tiveram aumento de 7,3 pontos na escala UPRDS após os dois anos.
           No período, aqueles que estavam fazendo somente exercícios de alongamento e de equilíbrio regrediram e voltaram ao estágio de coordenação que apresentavam no começo da experiência.
           Os responsáveis pela pesquisa acreditam que a prática de exercícios de musculação pode ser benéfica para pacientes com Parkinson no longo prazo, mas estudos posteriores ainda são necessários.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/02/musculacao-atenua-sintomas-da-doenca-da-parkinson-diz-estudo.html

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Diabetes: é preciso cuidar

Alimentar-se de forma inadequada e manter uma vida sedentária são hábitos que a população dos países em desenvolvimento – entre os quais o Brasil – aprendeu rapidamente. Mas o problema vai além dos quilinhos a mais, e as consequências de uma dieta desequilibrada são grandes para a saúde. Uma delas corresponde ao fator de risco para as doenças do sistema circulatório como infartos e derrames: o diabetes mellitus.
Diabetes em crescimento acelerado Sua prevalência tem aumentado em proporções epidêmicas. Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) sugerem que aproximadamente 180 milhões de pessoas no mundo apresentam diabetes e, provavelmente, esse número será mais que o dobro em 2030. Os países em desenvolvimento são os que mais apresentam aumento de casos. A possível razão é a maior expectativa de vida da população, além dos maus hábitos alimentares e do sedentarismo. A OMS estima que quase 80% das mortes causadas por diabetes ocorrem em países de baixa e média renda, sendo que a maioria dessas pessoas tem mais de 70 anos.

Açúcar no sangue

O corpo não consegue administrar a glicose de forma adequada, o que aumenta seus níveis no sangue. A partir daí começam os problemas de saúde"
O diabetes mellitus é uma alteração no metabolismo da glicose, causada pela deficiência na produção ou ação da insulina – hormônio produzido pelo pâncreas e responsável por transformar as moléculas de glicose em energia.

"O corpo não consegue administrar a glicose de forma adequada, o que aumenta seus níveis no sangue. A partir daí começam os problemas de saúde", alerta Daniel Lerario, endocrinologista do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE).

Essa é a doença mais comum, considerada epidêmica e pode se apresentar de três maneiras:

Tipo I

A pessoa com esse tipo de diabetes tem de usar insulina para o resto da vida. "Esses indivíduos têm inflamação no pâncreas, daí a deficiência quase absoluta de insulina", explica o médico.

Tipo II

Atinge, em geral, pessoas com mais de 40 anos. A maior parte das pessoas com esse tipo de diabetes tem outros fatores relacionados à doença, como obesidade, sedentarismo e histórico do problema na família. "Nesse caso, é possível tratar com medicação, dieta alimentar e atividade física. E com o passar do tempo, especialmente nos menos aderentes ao tratamento, o uso de insulina pode ser necessário", afirma o dr. Lerario.

Gestacional

Desenvolvida durante a gravidez. Geralmente desaparece depois do nascimento do bebê. Há dois fatores de risco importantes nesse caso: o aumento des controlado de peso durante a gravidez e quando a futura mamãe tem mais de 35 anos.

Mal silencioso

O ideal é não esperar os sintomas surgirem para procurar um médico. Com exames periódicos, é possível diagnosticar o aumento da glicose e iniciar o tratamento precocemente"
Um dos principais problemas do diabetes é que ele pode se desenvolver de forma assintomática – quando os primeiros sinais de alerta começam a aparecer, o quadro já está bem estabelecido. Prova disso é o Censo Nacional sobre a Prevalência do Diabetes do Ministério da Saúde, realizado na década de 1980, que mostrou que 50% dos diabéticos desconheciam o diagnóstico.

"O ideal é não esperar os sintomas surgirem para procurar um médico. Com exames periódicos, é possível diagnosticar o aumento da glicose e iniciar o tratamento precocemente", informa o médico.

Casos de diabetes na família são sinais de que o acompanhamento periódico é recomendável, pois o problema pode ser herdado.
Quando associado à obesidade, os riscos para a saúde são ainda maiores. "Hoje, a epidemia de diabetes manifesta-se até entre as crianças, por estarem cada vez mais obesas", explica o dr. Lerario.

Na dose certa

O nível normal de glicose no sangue é abaixo de 100 mg/dl. Nos casos avançados de diabetes, esse índice ultrapassa os 180 mg/dl alguns sintomas podem aparecer. "Antes disso já se considera diabetes, e vários problemas vão sendo causados mesmo que não haja sintomas", ressalta o endocrinologista.
Os principais sintomas são:
  • aumento do volume da urina - ao que chamamos de poliúria
  • aumento do apetite - ao que chamamos de polifagia
  • aumento da sede - ao que chamamos de polidipsia
  • coceiras pelo corpo e, no caso das mulheres, em especial na região vaginal
  • alterações visuais ('vista embaçada')
O dr. Daniel lembra que, caso as taxas de glicose permaneçam altas ao longo de anos, há depósitos do excesso de glicose nos vasos sanguíneos e nervos, que podem ocasionar complicações crônicas do diabetes, como cegueira, distúrbios neurológicos e problemas renais crônicos. "Corre, ainda, risco de gangrena das pernas, o que pode levar até a amputações. E a pessoa fica sujeita a doenças cardiovasculares", comenta o dr. Lerario.
Em alguns casos é possível controlar o diabetes apenas com dieta alimentar e prática de atividades físicas. Mas muitos pacientes precisam de medicação. As boas notícias são que há formas de identificá-la ainda no início e que existem tratamentos cada vez mais avançados, incluindo o exame de monitoração contínua da glicose.

Alternativas para o tratamento

Embora a insulina injetável seja ainda bastante utilizada, os medicamentos evoluíram muito e há outras formas de controlar o diabetes.

Medicamentos orais

Hoje existem mais de dez tipos. Uma opção médica é combinar dois ou mais medicamentos para equilibrar o nível de glicose.

Exame de monitoramento contínuo da glicose

Com esse exame é possível verificar a qualidade do controle do diabetes, estabelecendo claramente os períodos do dia em que o paciente encontra-se descompensado"
O exame é feito com a inserção de um sensor sob a pele. O sensor fica ligado a um monitor que registra, de forma praticamente contínua, os níveis de glicose no sangue. Pode ser utilizado de 24 a 72 horas. A partir desse monitoramento, é desenvolvido um relatório que auxilia o médico na administração de tratamentos. "Com esse exame é possível verificar a qualidade do controle do diabetes, estabelecendo claramente os períodos do dia em que o paciente encontra-se descompensado", explica Simão Lottenberg, endocrinologista do HIAE e responsável pelo exame.
Publicada em junho/2008
Atualizada em novembro/2009

Fonte: http://www.einstein.br/espaco-saude/em-dia-com-a-saude/Paginas/diabetes-em-crescimento-acelerado.aspx

Déficit de Atenção tem tratamento

O boletim da escola chega e as notas baixas predominam. A observação da professora é de que o estudante vive no mundo da lua.
Déficit de atenção tem tratamentoMais tarde, o adolescente deve ler os livros indicados para o vestibular. As obras literárias com centenas de páginas tornam-se martírio. O jovem simplesmente não consegue entender o conteúdo. Ao chegar à fase adulta, os compromissos são esquecidos e uma palestra torna-se difícil de ser acompanhada. Seja por ansiedade, estresse, falta de interesse na atividade ou preocupação, algumas vezes a capacidade de concentração fica enfraquecida.
Também pudera: concentrar-se é um processo complexo.
Para começar, a pessoa precisa sentir interesse pelo assunto, estar motivada e ter competência para compreender o tema. Ainda é preciso que o locutor tenha clareza e habilidade para transmitir a ideia. O ambiente também deve colaborar: nada pode desviar a atenção.
A complexidade está também nos caminhos percorridos no cérebro. Segundo o dr. Saul Cypel, neuropediatra do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE) e autor do livro A Criança com Déficit de Atenção e Hiperatividade (Lemos Editorial), o sistema de atenção tem estruturas localizadas em diversas partes do cérebro como, por exemplo, as regiões occipitais e parietais perceptuais, nas quais são percebidas as informações visual e auditiva respectivamente, para depois serem assimiladas nas regiões frontais cerebrais. “É um mecanismo complexo, no qual existem redes de comunicação que funcionam por meio dos neurotransmissores e permitem que a informação transite”, resume.

Ao longo da vida

Várias causas atingem a concentração das crianças. Desde uma tendência genética, associada à educação que recebeu em casa; a falta de limites, estabelecimento de regras e disciplina, favorece a agitação do pequeno em querer desenvolver diversas atividades ao mesmo tempo. Os pais, algumas vezes, percebem que o filho sofre com o problema, frustrando as expectativas por não fazer determinada atividade da forma esperada.
Especialistas alertam que não se deve esperar que um bebê desenvolva tarefas adequadas às idades mais avançadas, como assistir a um filme. Uma boa forma para saber se realmente há dificuldade é fazer brincadeiras para a faixa etária e ver como a criança se comporta, respeitando as limitações próprias de cada um.
Normalmente, os pais notam com mais frequência a dificuldade de concentração quando a criança está em idade escolar. Não só pelas notas, mas também pelas atitudes em classe, relatadas pela professora. “Ela tem a mesma capacidade ou até mais do que uma criança sem a dificuldade. Entretanto, seu rendimento compromete essa capacidade. Ela não consegue acompanhar a seqüência de informações, sendo que uma depende da outra; isso resulta em uma série de lacunas no aprendizado”, explica o dr. Abram Topczewski, neuropediatra do HIAE e autor do livro Hiperatividade: Como lidar? (Casa do Psicólogo).

Como identificar

O mais indicado a fazer quando há suspeita desse problema é procurar um médico bem preparado. Um profissional que entenda a questão e tenha uma visão ampla do assunto: psiquiatra ou neuropediatra, por exemplo. “O tratamento não adequado pode prejudicar o desenvolvimento da criança”, explica o dr. Abram.
Os tratamentos podem ser:
  • Terapêuticos: dependendo do grau de dificuldade, o médico pode aconselhar medicamentos que ajudem o cérebro a processar essa concentração.
  • De ajuste familiar: “deve-se mostrar e incentivar a organização e disciplina, ter acompanhamento escolar e ambiente adequado dentro de casa”, afirma a dra. Sônia Teresa Akopian, médica fisiatra do HIAE.

Hiperatividade

Basta a criança ser mais agitada e desobediente para receber o rótulo de hiperativa. De fato, o diagnóstico da doença se banalizou. O Déficit de Atenção e Hiperatividade existe e afeta mais meninos que meninas. Impulsividade e dificuldade de concentração são características dos pequenos. Eles mexem em tudo, correm para lá e para cá, querem toda a atenção. O diagnóstico é realizado por meio do atendimento clínico. Para tratar, deve-se procurar médicos especializados no assunto.
Para Sandra Valle, neuropsicóloga infantil do HIAE, a hiperatividade precisa ser tratada como um todo. Medicamentos devem ficar a critério do médico e estratégias para melhorar o comportamento são sempre bem-vindas. "Na escola, os professores podem fazer da hiperatividade e da agitação uma aliada, por exemplo, pedindo à criança queos auxiliem na organização dos materiais a serem utilizados, a buscar um livro na sala dos professores.
Deve-se estabelecer uma parceria com a criança e criar condições positivas deintegração ao grupo e ao contexto de aprendizagem, deixando claro as expectativas e, sempre que possível, ajudá-la a desenvolver recursos para resolver os problemas. Isso favorecerá enormemente a sua auto-estima e potencial de crescimento."
Publicada em junho/2007
Atualizada em novembro/2009

Fonte: http://www.einstein.br/espaco-saude/em-dia-com-a-saude/Paginas/deficit-de-atencao-tem-tratamento.aspx

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Síndrome Metabólica: união de fatores de riscos

Síndrome Metabólica união de fatores de riscos
Facilidades como a escada rolante, o elevador, o automóvel e o controle remoto, apesar de trazerem grande conforto, contribuem para o sedentarismo. E aliada à má alimentação e à falta de atividade física pode resultar em uma doença até pouco tempo ignorada: a síndrome metabólica.
Esse mal da vida moderna nada mais é que a associação de vários fatores de risco que amplia – e muito – o desenvolvimento de doenças ateroscleróticas cardiovasculares, entre as quais, o infarto cardíaco, o acidente vascular cerebral (AVC) e a morte súbita.
Diagnosticada pela primeira vez no final da década de 80 pelo médico Gerald Reaven, foi chamada ‘síndrome x’ e, mais tarde, de síndrome metabólica. Segundo o dr. Jairo Neubauer, cardiologista do Centro de Medicina Preventiva Einstein e preceptor de clínica médica da Escola Paulista de Medicina, as alterações metabólicas sempre existiram e, antes mesmo da descrição do dr. Reaven, já existiam relatos acerca da associação dos fatores de risco cardiovasculares que compõem a síndrome. Entretanto, somente no final dos anos 80 foi dada a devida importância a este cenário metabólico.

Homens são os mais atingidos

Segundo a International Diabetes Federation, um quarto da população adulta mundial tem síndrome metabólica. As principais vítimas são os homens com mais de 40 anos; entretanto, as mulheres não estão livres da doença – principalmente as que entraram na menopausa.
Um estudo realizado no HIAE com 3202 homens que realizaram checkup entre 2001 e 2003 apontou que 1000 deles - ou seja, mais de 30% - apresentavam a síndrome metabólica. “Os indivíduos estudados são os personagens típicos para a doença: executivos assintomáticos que não se exercitam adequadamente e têm hábitos alimentares irregulares. Consequentemente estão acima do peso, acumulando gorduras, principalmente na região abdominal”, explica o dr. Neubauer, responsável pelo estudo.
Quem desenvolve a síndrome, em princípio, não tem sintomas que possam sugerir uma visita ao médico. Quando os sinais começam a aparecer é porque a doença está em estágio avançado e perigoso. Para quem fuma e ingere bebidas alcoólicas com frequência, os riscos de impulsionar o avanço da doença são ainda maiores.

Como diagnosticar

A síndrome metabólica é atribuída a hábitos pessoais adotados: dietas hipercalóricas associadas ao sedentarismo. Essa combinação resulta em uma série de alterações metabólicas, como resistência à insulina – em casos mais avançados da doença pode-se desenvolver o diabetes –, elevação da pressão arterial e dos triglicérides, redução dos níveis do colesterol bom, além de obesidade abdominal.
Há dois critérios para diagnosticar a síndrome metabólica: o Adult Treatment Panel (ATP-III), da American Heart Association e o do International Diabetes Federation (IDF). A diferença entre eles é que a IDF coloca a obesidade abdominal como critério obrigatório, assumindo um valor de corte mais baixo se comparado ao adotado pelo ATP-III:
Critérios diagnósticosATP-IIIIDF
Glicemia> 100 mg/dl> 100 mg/dl
Pressão Arterial> 130/85 mmHg> 130/85 mmHg
Triglicérides> 150 mg/dl > 150 mg/dl
Colesterol Bom (HDL)Homens < 40 mg/dl
Mulheres < 50 mg/dl
Homens < 40 mg/dl
Mulheres < 50 mg/dl
CinturaHomens > 102 cm
Mulheres > 88 cm
Homens > 94 cm
Mulheres > 80 cm
Segundo a diferença para o diagnóstico, os critérios adotados são os seguintes:
IDF: Cintura + dois ou mais critérios ATP-III: Associação de 3 ou mais critérios
No Brasil, o critério adotado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia é o da IDF.

É possível prevenir

A melhor forma de prevenir a síndrome metabólica é manter alimentação adequada, rica em frutas, verduras e legumes, com pouca fritura e refeições de fast-food. Os exercícios físicos também são fundamentais. A recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que se pratique 30 minutos de atividade física – que pode ser fracionada ao longo do dia – pelo menos cinco vezes por semana.
Entretanto, se a pessoa apresenta alguns fatores de risco como obesidade abdominal e glicemia alta, o mais indicado é procurar um médico para avaliação. “Com diagnóstico precoce, é possível ter melhores resultados no tratamento da síndrome”, explica o dr. Neubauer.
A avaliação médica periódica é importante para acompanhar os níveis de colesterol, glicemia e triglicérides e se manter alerta caso os níveis estiverem aumentando. O cardiologista recomenda: todos os indivíduos acima de 20 anos devem passar por uma avaliação preventiva de rotina. A periodicidade das reavaliações dependerá das alterações encontradas neste primeiro rastreamento.
A chave do sucesso é o diagnóstico precoce e a conscientização do paciente sobre a importância dos seus hábitos de vida no desenvolvimento da síndrome. Assim, é possível reverter a instalação das alterações metabólicas cujo impacto no sistema cardiovascular pode ser devastador.
Publicada em junho/2007
Atualizada em novembro/2009

Fonte: http://www.einstein.br/espaco-saude/em-dia-com-a-saude/Paginas/sindrome-metabolica-uniao-de-fatores-de-riscos.aspx

Álcool é uma Droga


terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Cuidados pré e pós operatórios na cirurgia bariátrica e metabolica

 
Pré-operatório:

• O preparo pré-operatório otimiza a segurança e os resultados da cirurgia bariátrica e metabólica. Solicita-se ao paciente que se esforce para perder um pouco de peso antes da cirurgia, pois alguns quilos a menos podem oferecer melhores condições à anestesia geral e à operação.
• Nessa fase, também é obrigatório o preenchimento do documento Consentimento Informado, no qual o paciente reconhece estar devidamente informado sobre os benefícios e riscos da cirurgia.
• No pré-operatório, o paciente deve realizar uma série de exames, como endoscopia digestiva, ultrassom abdominal e exames laboratoriais, além de passar em consulta com os profissionais obrigatórios: cirurgião, cardiologista, psiquiatra, psicólogo e nutricionista.

Pós-operatório

•  O paciente deve fazer consultas e exames laboratoriais periódicos no pós-operatório, conforme o tipo de cirurgia e as rotinas estabelecidas pela equipe responsável. Em caso de comorbidades, elas devem ser acompanhadas por profissionais especialistas nessas doenças.
•  No pós-operatório, recomenda-se ao paciente atividade física e complemento vitamínico. E, nas operações abertas, recomenda-se ainda o uso da faixa abdominal.
• Embora muito raramente, a cirurgia pode gerar complicações, como infecções, tromboembolismo (entupimento de vasos sanguíneos), deiscências (separações) de suturas, fístulas (desprendimento de grampos), obstrução intestinal, hérnia no local do corte, abscessos (infecções internas) e pneumonia. Além disso, sintomas gastrointestinais podem aparecer após a refeição. Os pacientes predispostos a esses efeitos colaterais devem observar certos cuidados, como reduzir o consumo de carboidratos, comer mais vezes ao dia – pequenas quantidades –, e evitar a ingestão de líquidos durante as refeições. 
•  Pacientes submetidos à cirurgia de duodenal switch podem apresentar reações no pós-operatório, como desnutrição, fezes de forte odor e diarreias, pois essa é uma operação que privilegia a má absorção de alimentos.

Mitos e verdades sobre a cirurgia bariátrica e metabólica

Em um ano de pós-operatório, o paciente normalmente engorda.
Mito.
Na maioria dos casos, o ganho de peso ocorre quando o paciente não assume hábitos saudáveis, como a adoção de dieta menos calórica e mais nutritiva e a prática de exercícios físicos regulares.

Perde-se mais peso nos primeiros seis meses.
Verdade.
A perda mais significativa de peso ocorre nos primeiros seis meses. Daí a importância de o paciente seguir com disciplina as recomendações médicas nessa primeira etapa do pós-operatório.

Quem faz a cirurgia bariátrica fica propenso a alcoolismo, uso de drogas ou comportamento compulsivo para compras.
Mito.
Não existe nenhuma evidência científica de que, no pós-operatório, o paciente comece a ter tendência ao alcoolismo ou ao uso de drogas. Quanto à compulsão por compras, pode-se evitar um comportamento desse tipo por meio de acompanhamento psicológico. A evolução histórica das cirurgias mostra que o paciente, ao perder peso, resgata a autoestima e por isso passa a ter prazer em adquirir roupas e outros produtos de uso pessoal.

A mulher pode engravidar no pós-operatório.Verdade.
A paciente é liberada para engravidar sem riscos após 15 meses de pós-operatório. Durante esse período, recomenda-se a anticoncepção. No entanto, os anticoncepcionais orais (pílulas) devem ser evitados.

Sempre é possível fazer a cirurgia videolaparoscópica.Verdade.
Somente em situações especiais não é possível realizar esse tipo de cirurgia. É o caso, por exemplo, de pessoas submetidas a cirurgias abdominais prévias.

A depressão é uma consequência comum para quem faz a cirurgia.Mito.
Não existe uma tendência. Se o paciente ficar deprimido, isso pode ocorrer devido a fatores desconhecidos, que devem ser investigados por psicólogo ou psiquiatra.

Há tendência à anemia no pós-operatório.Verdade.
De fato isso ocorre. Entre os pacientes, as mulheres têm maior tendência à anemia, por causa da menstruação, perda de ferro e pouca presença de carne vermelha na dieta. Essa situação pode ser minimizada com a ingestão de alimentos ricos em ferro, ou, se necessário, com a utilização de suplementos vitamínicos.

Depois da operação, é comum a intolerância a leite. Mito.
Normalmente não há reações adversas ao consumo de leite e derivados. Esses alimentos são, inclusive, recomendados, sobretudo para as mulheres, como fontes de cálcio.

O apoio da família e à família é indispensável. Verdade.
Deve-se prestar toda a assistência e orientação à família do paciente, oferecendo o máximo de informações solicitadas e, quando necessário, também consulta psicológica. Os novos hábitos a serem adotados pelo paciente devem ser compartilhados e estimulados por todos que convivem com ele.

A cirurgia causa problemas renais. Mito.
Não foi observada tendência a problemas renais.

O paciente sente muitas dores no primeiro mês do pós-operatório. Mito.
Normalmente, as dores se manifestam somente no primeiro dia do pós-operatório. Isso acontece porque o abdômen precisa ser inflado com gás carbônico na cirurgia por videolaparoscopia, para possibilitar a melhor manipulação dos órgãos internos. 

O paciente que sofre de gastrite pode ser operado. Verdade.
Não há restrição cirúrgica para paciente com gastrite.

Depois da cirurgia bariátrica, o paciente deve fazer cirurgia plástica corretiva. Mito.
Nem sempre é necessário fazer cirurgia plástica após o procedimento bariátrico. Cada caso deve ser avaliado criteriosamente pela equipe multidisciplinar responsável pelo tratamento.

Durante a videolaparoscopia, há situações em que é preciso converter a cirurgia em procedimento aberto. Verdade.
Algumas situações exigem que o cirurgião converta a videolaparoscopia em procedimento aberto. Essa decisão é baseada em critérios de segurança e só pode ser tomada durante o ato operatório.

Fonte: http://www.sbcb.org.br/cbariatrica.asp?menu=12

Cirurgia bariátrica: Saiba mais

           A cirurgia bariátrica e metabólica – também conhecida como cirurgia da obesidade, ou, popularmente, redução de estômago – reúne técnicas com respaldo científico destinadas ao tratamento da obesidade e das doenças associadas ao excesso de gordura corporal ou agravadas por ele. O conceito metabólico foi incorporado há cerca de seis anos pela importância que a cirurgia adquiriu no tratamento de doenças causadas, agravadas ou cujo tratamento/controle é dificultado pelo excesso de peso ou facilitado pela perda de peso – como o diabetes e a hipertensão –, também chamadas de comorbidades.

Por quê fazer?

          Os benefícios da cirurgia bariátrica e metabólica são perda de peso, remissão das doenças associadas à obesidade (como diabetes e hipertensão), diminuição do risco de mortalidade, aumento da longevidade e melhoria na qualidade de vida. Os riscos são os mesmos de outras cirurgias abdominais. Por essa razão, deve ser feita em hospital com estrutura adequada e por médicos associados à SBCBM que pratiquem os procedimentos regulamentados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

Quando fazer?

          A primeira recomendação para o tratamento da obesidade é a adoção de hábitos saudáveis, como dieta leve e exercícios físicos regulares. Em seguida, tenta-se controlar a doença por meio de remédios, os conhecidos emagrecedores. Quando o médico e o paciente se convencem de que se esgotou a tentativa de tratar a obesidade exclusivamente pela mudança do estilo de vida, uma das alternativas mais eficazes é recorrer à cirurgia bariátrica e metabólica.

Contra-indicações:

          As situações abaixo configuram condições adversas à realização de procedimentos cirúrgicos para o controle da obesidade:
• limitação intelectual significativa em pacientes sem suporte familiar adequado;
• quadro de transtorno psiquiátrico não controlado, incluindo uso de álcool ou drogas ilícitas; no entanto, quadros psiquiátricos graves sob controle não são contraindicativos à cirurgia;
• doenças genéticas.

Cuidados recomendados:

Acompanhamento nutricional
          O nutricionista tem papel fundamental no acompanhamento do paciente rumo à cura da obesidade. Esse profissional deverá prestar toda a orientação necessária para a dieta líquida pós-operatória, sua evolução para a pastosa e, finalmente, sua transição definitiva para a alimentação normal.
          O paciente deverá aprender a comer pouco e bem, várias vezes ao dia, e optar por alimentos pouco calóricos e com alto teor vitamínico, abandonando hábitos nocivos.
          A reeducação alimentar ajudará não só a perder peso, mas também a mantê-lo em patamares adequados por toda a vida. O paciente não está proibido de consumir doces, refrigerantes ou outras guloseimas de vez em quando, porém esses alimentos não devem fazer parte de sua rotina e a quantidade deve ser controlada.
Acompanhamento psicológico
           O foco do acompanhamento psicológico deve ser sempre preventivo e educativo. É necessário considerar o aparecimento de novos fatores de estresse, como ansiedade, ciúmes do parceiro, desejo de liberdade etc., após a cirurgia.  Além disso, o paciente pode criar expectativas que não serão atingidas com a perda de peso, simplesmente porque dizem respeito a certas frustrações ou imaturidade diante da vida.

Fonte: Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica 

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Como perder a famosa barriguinha?


Perder a “barriguinha” é o desejo de muitas pessoas. Reduzir o número do manequim, sentir-se melhor e aumentar a autoestima,  são  desafios que quando vencidos, melhoram muito a qualidade de vida.
O sobrepeso e a obesidade podem ocorrer de uma forma diferenciada em cada indivíduo. Existem pessoas que apresentam excesso de gordura localizado na região abdominal ou tronco (obesidade central). A circunferência abdominal não deverá ultrapassar a cifra de 94 cm  para os homens e 80 cm para as mulheres. Esta modalidade de obesidade está diretamente associada à complicações como o diabete melito, hipertensão arterial, anormalidades do colesterol e cardiopatias. Outras pessoas já apresentam um excesso de gordura localizada nos quadris (obesidade subcutânea), a qual não relaciona-se diretamente com as doenças mencionadas acima.
O que existe são características metabólicas individuais. A gordura corporal pode variar conforme o sexo, idade, tendência genética, entre outros fatores. Infelizmente não existe nenhuma dieta cientificamente comprovada que seja específica para combater a obesidade central. O que se propaga é uma alimentação restrita em calorias e equilibrada em proteínas, carboidratos e gorduras.
Valorizar as fibras, reduzir ao máximo o consumo de gorduras e açúcares, fracionar a dieta (comer mais vezes ao dia, mas em menores quantidades) e evitar o consumo de líquidos nas refeições principais, moderando ou excluindo o consumo de refrigerantes e bebidas alcoólicas, são atitudes essenciais para se obter bons resultados.
Fazer uma atividade física localizada para a região abdominal e uma atividade aeróbica regular para controle do percentual de gordura corporal, são dicas que podem auxiliar, juntamente com o controle alimentar, no processo de emagrecimento e na redução da circunferência abdominal.
É muito importante reavaliar alguns hábitos, colocando “a casa em ordem”. Questões psicológicas ou emocionais, e até mesmo fisiológicas, podem interferir de forma negativa no processo de emagrecimento. O auxílio de um nutricionista é importante para adequar o consumo alimentar.Além disso, a avaliação de um clínico é fundamental para descartar qualquer patologia.

Autora: Ana Flávia Pinheiro – Nutricionista CRN 1004.

Estudo indica que anticancerígeno reverte rapidamente Alzheimer em ratos

        Um medicamento contra o câncer restaurou rapidamente as funções cerebrais normais de ratos de laboratório que sofriam do Mal de Alzheimer, um avanço que pode resultar no desenvolvimento de um tratamento para esta doença incurável e devastadora, revelou um estudo publicado nesta quinta-feira (9).
         Este anti-cancerígeno, o bexaroteno, fez desaparecer nos ratos até 75% das placas beta-amilóides, uma forma de proteína cujo acúmulo é uma das principais características patológicas do Alzheimer. Além disso, ele reverteu os sintomas desta doença, como a perda de memória.
          Após 72 horas do início do tratamento com o bexaroteno, os ratos -geneticamente modificados para desenvolver o equivalente da doença de Alzheimer- começaram a exibir comportamentos normais, explicam os pesquisadores do estudo.
          Estes animais também recuperaram a memória e o olfato, explicou à AFP o Dr. Daniel Wesson, professor adjunto de Neurociência na faculdade de Medicina Case Western, em Cleveland (Ohio), principal co-autor do estudo publicado na revista americana Science do dia 10 de fevereiro.
Ele notou que a perda de olfato é, geralmente, o principal sinal de Alzheimer nos humanos.
          Este avanço "não tem precedentes", considerou Paige Cramer, um pesquisador da Case Western que contribuiu com a pesquisa: "Até agora o melhor tratamento existente em ratos de laboratório demorava vários meses para eliminar as placas amilóides".
          "Este medicamento é eficaz nos ratos e o nosso próximo objetivo é verificar se funciona da mesma maneira nos humanos", acrescentou o Dr. Gary Landreth, professor de neurociência na mesma faculdade e principal autor do estudo.
          "Estamos ainda nos primeiros estágios para transformar esta descoberta fundamental em um tratamento", disse o pesquisador.
           Segundo o Dr. Wesson, a equipe "espera obter os primeiros resultados de um teste clínico preliminar até o ano que vem".
           Esta pesquisa foi baseada na descoberta, em 2008, do Dr. Landreth sobre o fato que o principal veículo do colesterol no cérebro, uma proteína chamada Apolipoproteína E (ApoE), também facilita a destruição das beta-amilóides.
            Um aumento dos níveis dessa proteína no cérebro acelera a "limpeza" das placas amilóides que se acumulam, explicam os cientistas.
            O Mal de Alzheimer se desenvolve em grande parte quando o organismo, em processo de envelhecimento, perde a capacidade de eliminar a beta-amilóide que se forma naturalmente no cérebro.
            Aparentemente o bexaroteno reprograma as células imunocompetentes no cérebro para que elas possam "devorar" novamente os depósitos amilóides.
            O bexaroteno, inicialmente desenvolvido pelo laboratório americano Ligand Pharmaceuticals com o nome de marca Targretin, foi aprovado pela Agência Americana de Medicamentos (FDA) em 1999. Ele trata um câncer raro de linfoma cutâneo de células T.
            O laboratório japonês Eisai comprou o direito internacional de comercializar o bexaroteno em 2006.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/afp/2012/02/09/estudo-indica-que-anti-cancerigeno-reverte-rapidamente-alzheimer-em-ratos.jhtm

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Ômega-3 combate a osteoporose

O nutriente, famoso por seu potencial antiinflamatório, é o mais novo aliado do esquele tono combate à osteoporose


          Na sua vasta obra em prol do organismo, essa gordura já provou benefícios ao cérebro e ao coração e consagrou-se na prevenção de um sem-número de doenças. Para a alegria dos fãs de peixes, frutos do mar, sementes de linhaça e companhia, outro mal está entrando na lista negra do ômega-3: a osteoporose. Quem acaba de chegar a essa conclusão são pesquisadores da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, depois de revisar uma série de trabalhos científicos feitos mundo afora que investigaram o consumo da gordura e o seu impacto sobre o esqueleto. E sentenciaram: sim, ele é bom para os ossos.

           A constatação tem um gostinho ainda mais saboroso para as mulheres sobretudo aquelas que se aproximam ou já passaram da menopausa. São elas as principais vítimas da doença que promove o esfarelamento da massa óssea. Isso porque, nessa fase da vida, a queda da produção de estrogênio, o hormônio feminino, repercute na capacidade do esqueleto de repor as inevitáveis perdas diárias de minerais. Ele tem células que produzem e depositam material ósseo, os osteoblastos, e células que reabsorvem o material velho, os osteoclastos, explica a farmacêutica Renata Gorjão, pesquisadora do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo. Na doença, aumenta a atividade dos osteoclastos, completa ela, que é especialista em fisiologia celular. Sem a reposição, o desequilíbrio resulta em milhões de microburacos. Daí, uma topada pode ser motivo de fratura.

           E o ômega-3 com isso? Ele conseguiria inibir a função desses osteoclastos, responde Renata. Em outras palavras, o ingrediente restaura o equilíbrio e, assim, breca o avanço da osteoporose. As mulheres que querem distância do problema ou que lutam para controlá-lo não devem se esquecer, portanto, de ingerir as fontes desse ácido graxo. O recado também vale para os homens eles estão sujeitos à osteoporose, mas a incidência é menor.

           Para oferecer ao organismo e ao esqueleto a cota ideal de ômega-3, nem é preciso forçar a barra. Os peixes de água fria são as grandes reservas, e se você saboreá-los em duas refeições por semana... Já é o suficiente, diz o nutrólogo Celso Cukier, do Instituto de Metabolismo e Nutrição, em São Paulo.
Não são apenas os ossos que, digamos, se deliciam com uma truta assada ou uma salada de brócolis salpicada de sementes de linhaça. Esse aporte de ômega-3 deixa o sistema imunológico mais forte e esperto. Os mesmos cientistas americanos que avaliaram a ação antiosteoporose depararam com outra vantagem do nutriente: ele afasta doenças auto-imunes, aquelas em que células de defesa declaram guerra a algumas regiões do próprio corpo. Entre elas, destaque para a artrite reumatóide, uma inflamação crônica nas articulações, e o lúpus eritematoso, problema marcado por ataques à pele e a órgãos como o fígado. O ômega-3 pode reduzir a capacidade de multiplicação das células agressoras e diminuir a concentração de substâncias de ação inflamatória, explica Renata Gorjão.

           Aliás, a pesquisadora citou uma das propriedades mais poderosas dessa gordura: impedir processos inflamatórios recorrentes. Essas reações do organismo são importantes para manter nossa defesa, mas, numa situação de desequilíbrio, tornam-se constantes e prejudiciais, diz a nutricionista Daniela Jobst, de São Paulo. Se ingerimos alimentos que favorecem inflamações, como óleos vegetais e produtos industrializados, um jeito de apaziguar tais respostas é garantir doses de ômega-3. Ele é um antiinflamatório natural, declara a especialista.

           Além disso, cada célula do organismo tira, à sua maneira, uma casquinha da substância. É que, segundo o nutrólogo Celso Cukier, ela consegue se incorporar à dupla camada de gordura que forma a membrana celular, alterando e aprimorando as suas funções. Essa habilidade presta serviços tanto às unidades que formam o osso quanto às células do sangue. Ora, já sobram razões para convidar o ômega-3 a ingressar na sua mesa seja por meio de um salmão preparado com legumes no papillote de alumínio, seja por meio de um fumegante creme de espinafre. Permita que a mais nobre das gorduras distribua seus benefícios pelo corpo e ajude a tornar inabalável o esqueleto que o sustenta.

Fonte: http://saude.abril.com.br/edicoes/0300/nutricao/conteudo_288835.shtml

Novas descobertas sobre as doenças autoimunes


O que a ciência tem revelado sobre males como lúpus e esclerose múltipla

          Diante de incertezas e acasos, o ser humano tenta encontrar uma explicação para fatos à primeira vista inexplicáveis. E um deles é a existência de doenças autoimunes. Os cientistas ainda tateiam em busca de motivos pelos quais nossas próprias defesas passariam a encarar o organismo como um adversário em um campo de batalha. A herança genética, é quase certo, tem parcela de culpa nesse desatino do sistema imunológico. Até aí, não há mesmo o que fazer. O curioso é que muita gente, apesar da predisposição, passa a vida toda sem experimentar essa reação masoquista dos guardiões do corpo. "Isso é o maior sinal de que fatores ambientais atuariam como estopins importantes para a autoagressão", opina o reumatologista Luis Eduardo Andrade, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

          Pesquisadores dos quatro cantos do globo querem decifrar quais seriam esses gatilhos. Um grupo do National Institute of Environmental Health Sciences, nos Estados Unidos, investigou o impacto dos raios ultravioleta do sol nos autoataques do corpo. Eles analisaram 380 pacientes diagnosticados com uma doença autoimune que acomete a pele, a dermatomiosite. Colheram amostras de sangue e verificaram a presença de um anticorpo específico, associado à exposição excessiva ao sol. "Confirmamos que a radiação altera o DNA das células cutâneas, o que aumenta, sobretudo nas mulheres, o risco de o organismo enxergá-las como estranhas, desencadeando o problema", revela Frederick Miller, o autor do estudo.

          Outra descoberta vem da Universidade da Califórnia, também nos Estados Unidos. Ali, os investigadores alteraram ratos, retirando de seus macrófagos — integrantes do sistema imune — uma proteína chamada TLR4. Depois, alimentaram os animais com uma dieta gordurosa, até que atingissem a faixa do sobrepeso. Ao contrário das cobaias normais, as modificadas não apresentaram inflamações nem resistência à insulina — reações esperadas quando se engorda demais. Ou seja, seria a tal proteína que ativaria a resposta imune à gordura. "Esse resultado é instigante, mas precisamos de mais estudos", diz a reumatologista Maria Helena Kiss, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.

          Recentemente na Suíça, na última reunião da Liga Europeia contra o Reumatismo — mal também causado pelas defesas do corpo —, os especialistas identificaram outras faíscas que fariam o sistema imunológico pegar fogo. "Parece que o cigarro e o consumo excessivo de café são capazes de tirá-lo do prumo", revela a reumatologista Evelyn Goldenberg, da Unifesp. O estresse, as infecções sucessivas e até as pílulas anticoncepcionais completam a lista de suspeitos.

          Quanto mais cedo forem detectados o reumatismo e outras encrencas autoimunes, menores os riscos de complicação grave. "Febre, sensação de fadiga, manchas avermelhadas na pele e dor nas articulações nunca devem ser subestimados", avisa Maria Helena Kiss. Infelizmente, ainda não existe uma cura definitiva para esses males. O que se consegue, com os recursos modernos, é minimizar seus estragos e proporcionar maior bem-estar. Conheça, a seguir, o que é possível fazer nas principais enfermidades provocadas pelo sistema imunológico.

Lúpus eritematoso sistêmico
          Entre todos os problemas autoimunes, é a disfunção mais temida porque, não raro, atinge órgãos vitais, como os rins, os pulmões, o cérebro e o coração, além da pele. "Acreditamos que a alta exposição aos raios ultravioleta e o uso de contraceptivos orais tornem o indivíduo mais suscetível ao lúpus", avisa a imunologista Myrtes Toledo Barros, do Hospital das Clínicas de São Paulo. Por isso, protetor solar nunca é demais. E por isso também mulheres com histórico familiar da doença devem fazer uso de anticoncepcionais de baixa dosagem.

          A opção mais branda para contornar o lúpus são os anti-inflamatórios. Para as crises mais intensas, são prescritos corticoides, que, embora sejam mais eficazes contra a inflamação, provocam efeitos colaterais como obesidade e diabete. "Quando necessário, apelamos para drogas como o metotrexato e a cloroquina, que modulam a resposta imunológica, e para os imunossupressores, que, como o próprio nome sugere, reduzem a atividade do sistema de defesa", explica Myrtes Barros. A questão é que esses últimos medicamentos baixam a guarda do organismo, deixando-o à mercê de infecções oportunistas. Quando nada disso resolve, ainda é possível lançar mão de uma classe de remédios classificados como anticorpos monoclonais. "Eles agem em alvos específicos, reduzindo reações indesejáveis. No caso do lúpus, o objetivo é bloquear o TNF-alfa, substância inflamatória produzida pelas células imunes", ensina Luis Eduardo Andrade.

Artrite reumatoide
           Essa doença inflamatória crônica geralmente acomete as cartilagens e ossos das pequenas e médias articulações, como mãos e punhos. "Mais raramente, pode prejudicar outros órgãos, como os pulmões", alerta Evelyn Goldenberg. Outra forte razão para não negligenciar o problema acaba de ser discutida na Liga Europeia contra o Reumatismo. "Quando não controlada, a inflamação pode afetar as artérias, aumentando o risco de doença cardiovascular", conta Evelyn.

            Além dos anti-inflamatórios, dos corticoides e dos imunossupressores, os médicos têm observado excelentes resultados com as drogas biológicas infliximabe e etarnecept, que impedem a ação nociva do TNF-alfa nas articulações.

Tireoidite de hashimoto
          Aqui o alvo é a tireoide, glândula responsável por produzir hormônios fundamentais para o bom funcionamento do organismo. "No caso, os linfócitos produzem anticorpos contra as células tireoidianas e as destroem aos poucos", explica o endocrinologista Filippo Pedrinola, de São Paulo. "A vítima, então, começa a enfrentar ressecamento da pele e dos cabelos, depressão, fadiga, ganho de peso, constipação intestinal e, no caso das mulheres, alterações do ciclo menstrual", continua.

          Hoje, o foco do tratamento não é conter a agressão à tireoide. "O principal é fazer a reposição do hormônio levotiroxina, que ela deixa de produzir naturalmente", diz Pedrinola.

Diabete tipo 1 
            Ele ocorre quando os anticorpos se voltam contra as chamadas células beta do pâncreas, as responsáveis por fabricar insulina, aquele hormônio que transporta a glicose para o interior das células.
            "Sede e urina excessivas, mal-estar geral, perda de peso e fadiga são algumas manifestações do problema", lista Filippo Pedrinola. A única saída é a reposição de insulina sintética.
            "No futuro, a esperança é o implante de células do pâncreas no fígado do paciente, método que ainda está em fase experimental", antecipa.

Psoríase 
            As vítimas dessa doença são as proteínas das células da epiderme e da derme — duas camadas mais superficiais da pele. "A lesão se manifesta em forma de manchas vermelhas e descamativas, que normalmente acometem as áreas articulares, como joelho e cotovelo, e o couro cabeludo. Para amenizar o incômodo, o metotrexato, os corticoides tópicos e imunossupressores costumam ser bastante utilizados. Os bloqueadores de TNF-alfa também são uma opção interessante, já que essa substância inflamatória é característica da doença. "Curiosamente, ao contrário do lúpus, o sol costuma ser benéfico no quadro de psoríase", afirma Maria Helena Kiss.

Doença celíaca 
           "Em vez de mirar em um tecido do corpo, aqui o sistema imunológico descontrolado reage contra a gliadina, uma proteína presente no trigo, no centeio e na cevada", descreve Myrtes Barros. Ou seja, basta comer um pãozinho para que a intolerância dê as caras, levando a diarreia, vômito, mal-estar e, consequentemente, a anemia e lesão da mucosa intestinal. O jeito é eliminar os causadores da reação do cardápio e optar por derivados de milho e mandioca. Boa notícia: vacinas e medicamentos para controlar a sensibilidade no intestino estão sendo testados no exterior.



quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

6 passos simples para evitar doenças do coração


Por Amanda Cardoso

Não é preciso fazer estripulias para cuidar da saúde, principalmente de um dos órgãos mais importantes do nosso corpo. Veja como

          Boas notícias para quem tem medo de vir a ter uma doença cardíaca. Algumas mudanças bastante simples no estilo de vida são suficientes para reduzir à metade o risco de morte devido a esse mal. Apelidadas de Seis Passos Simples, elas são uma espécie de guia da boa saúde do coração.

› Faça 150 min de exercício moderado ou 75 min de atividade intensa por semana.
› Não deixe que o seu índice de massa corporal ultrapasse 25.
› Pare de fumar. Ou, pelo menos, tire o cigarro da boca por no mínimo um ano.
› Mantenha os níveis de colesterol abaixo dos 200 mg/dl de sangue.
› Mantenha a pressão menor que 120/80 mm Hg.
› Mantenha a glicemia de jejum abaixo dos 100 mg/dl de sangue.

Fonte: http://sportlife.terra.com.br/index.asp?codc=1591

Tenha uma boa noite de sono

Por Lygia Haydée

         O que você come também pode influenciar no seu sono, sabia? Veja algumas dicas de como você pode ter uma noite de sono mais tranquila

        Você anda rolando na cama antes de o sono chegar? Pois o que você come antes de deitar pode ajudá-lo ou atrapalhar o seu sagrado soninho. Veja só.

         Triptofano: o cérebro usa esse aminoácido para produzir serotonina e melatonina, substâncias que ajudam a promover o sono. Frutos do mar, leite e seus derivados, ovos, soja e lentilhas são ricos nesse composto.

         Cálcio: o nutriente ajuda o cérebro a usar o triptofano para produzir melatonina. Boas dicas para antes de repousar são um iogurte, queijo branco ou mesmo um copo de leite morno.

          Magnésio: o mineral tem papel-chave na produção de serotonina, além de ajudar os músculos a relaxar. Invista numa banana, num punhado de amêndoas, em espinafre ou no arroz integral.

Fonte: http://sportlife.terra.com.br/index.asp?codc=1794

Higiene do Sono

          A higiene do sono deve fazer parte de nossas vidas, da mesma forma que a higiene do corpo. Por exemplo: normalmente nos preocupamos em tomar banho diariamente, trocar de roupa, cortar o cabelo e mantê-los penteados, fazer a barba etc. Ou seja, quando alguém não exerce esses cuidados, nós observamos um "distúrbio" de higiene pessoal. A higiene do sono é tão importante como a higiene corporal, pois se não tivermos uma boa higiene do sono, não teremos um sono reparador. É imprescindível manter hábitos saudáveis para termos um padrão vigília-sono adequado. Estes são chamados de Higiene de Sono e incluem:
  • Manter horários relativamente constantes para dormir e acordar. Mudanças de hábitos, como nos finais de semana, podem atrapalhar o sono.
  • Procurar dormir somente o necessário. Manter- se acordado e deitado por muito tempo na cama não melhora a qualidade do sono.
  • O quarto de dormir não deve ser utilizado para trabalhar, estudar ou comer.
  • Quem tem insônia deve evitar ler e assistir à televisão antes de dormir.
  • Não cochilar durante o dia; entretanto, sestas habituais não atrapalham o sono.
  • Exercícios físicos devem ser feitos, no máximo, de seis a quatro horas antes de ir para a cama.
  • Procurar relaxar o corpo e a mente de sessenta a noventa minutos antes de ir para a cama. Nunca tentar resolver problemas antes de dormir.
  • Não tomar café, chá preto, chocolate ou qualquer bebida estimulante após as 17 horas.
  • Bebidas alcoólicas, embora ajudem a relaxar, perturbam a qualidade do sono. Pessoas que roncam devem evitá-las, pois pode haver piora do ronco e das pausas respiratórias, devido ao relaxamento provocado pelo álcool na musculatura respiratória.
  • Não fumar antes de dormir pois a nicotina favorece a insônia e um sono não reparador.
  • Procurar fazer refeições mais leves.
  • Calor e frio excessivos alteram bastante o sono, portanto tentar manter o quarto com temperatura agradável.
  • Ruídos podem ser a causa de um sono ruim.
         Dormir bem é essencial, pois a quantidade e a qualidade do sono são fundamentais para manter uma boa forma física e mental.
         As conseqüências de uma noite de sono inadequado, são: fadiga, cansaço, tensão, diminuição do rendimento intelectual, sintomas leves de depressão e ansiedade, sonolência diurna (que aumenta o risco de acidentes), dores musculares e irritabilidade.


        Todos precisamos de uma boa higiene do sono e boa alimentação para ter um sono reparador e de qualidade. Caso estas medidas não sejam suficientes para atingir este objetivo, precure o seu médico.

Fonte: http://www.virtual.epm.br/material/tis/curr-bio/trab2003/g3/higiene.html
           http://4mosqueto.blogspot.com/2011/05/sono.html

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Chá-verde e tai chi aumentam massa óssea em mulheres


Chá-verde e tai chi chuan melhoram a saúde dos ossos e reduzem a inflamação em mulheres na menopausa, segundo um estudo apresentado em um congresso de biologia nos EUA.
A pesquisa, desenvolvida pela médica Chwan-Li Shen, da Texas Tech University, foi feita com recurso dos Institutos Nacionais de Saúde americanos e estudou 171 mulheres na pós-menopausa. A idade média das voluntárias era de 57 anos. Todas tinham risco de osteoporose e foram divididas em quatro grupos para o estudo.
Um tomou placebo e não fez tai chi chuan. Outro tomou pílulas com antioxidantes do chá-verde e também não fez o exercício. O terceiro tomou placebo e fez tai chi três vezes por semana, e o quarto grupo tomou antioxidantes e fez tai chi.
Todos os grupos foram acompanhados por seis meses.
O consumo das cápsulas de polifenois (em níveis equivalentes a quatro a seis xícaras de chá por dia) e a participação nos exercícios de tai chi aumentaram a densidade óssea e a força muscular das mulheres, diminuindo os marcadores biológicos do estresse oxidativo, que leva a inflamações.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/901612-cha-verde-e-tai-chi-aumentam-massa-ossea-em-mulheres.shtml

Chá-verde reduz deficiências em idosos, revela estudo


Adultos idosos que bebem chá-verde regularmente podem permanecer mais ágeis e independentes do que seus contemporâneos com o passar do tempo.
O chá-verde contém químicos antioxidantes que ajudam a evitar os danos celulares que são capazes de levar a doenças.
Os pesquisadores estão estudando o efeito do chá-verde em tudo --do colesterol ao risco de certos cânceres-- com resultados mistos até agora.
Pelo estudo recente, publicado no "American Journal of Clinical Nutrition", os cientistas decidiram examinar se bebedores de chá-verde têm um menor risco de fragilidade e incapacidade conforme envelhecem.
Yasutake Tomata, da Escola de Medicina da Universidade Tohoku, e seus colegas acompanharam perto de 14 mil adultos com mais de 65 anos durante três anos.
Eles descobriram que os que beberam mais chá-verde eram os menos propensos a desenvolver "incapacidade funcional", ou problemas com atividades diárias e necessidades básicas, como se vestir ou tomar banho.
Quase 13% dos adultos que beberam menos de uma xícara de chá-verde por dia tornaram-se funcionalmente incapacitados, em comparação com pouco mais de 7% das pessoas que beberam pelo menos cinco xícaras por dia.
"O consumo de chá-verde está associado de forma significativa a um menor risco de incapacidade funcional incidente, mesmo após o ajuste para possíveis fatores de confusão", disse Tomata.
O estudo não provou que apenas o chá-verde mantinha as pessoas ágeis com a idade.
Os aficionados do chá-verde geralmente têm dietas mais saudáveis, incluindo mais peixe, vegetais e frutas, assim como uma instrução maior, uma taxa menor de fumantes, menos ataques cardíacos e derrames, e uma maior acuidade mental.
Eles também tendem a ser mais ativos socialmente e a ter mais amigos e familiares com quem contar.
Mas, apesar desses fatores, o chá-verde sozinho foi relacionado a um menor risco de deficiência, disseram os pesquisadores.
Pessoas que ingerem pelo menos cinco xícaras por dia tiveram 1/3 de probabilidade menor de desenvolver deficiências do que as que ingeriram menos de uma xícara por dia.
Os que beberam em média três ou quatro xícaras por dia tiveram um risco 25% menor.
Embora não esteja claro como o chá-verde pode oferecer uma defesa contra a incapacidade, a equipe de Tomata observou que um estudo recente descobriu que extratos do chá-verde pareciam aumentar a força muscular na perna em mulheres mais velhas.
Embora o chá-verde e seus extratos sejam considerados seguros em pequenas quantidades, eles contêm cafeína e pequenas quantias de vitamina K, e isso pode interferir com medicamentos que impedem a coagulação do sangue.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1044647-cha-verde-reduz-deficiencias-em-idosos-revela-estudo.shtml

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Cálcio ajuda a perder peso

por Regina Célia Pereira

Garanta sua dose de cálcio e emagreça
Ele reduz os depósitos de gordura do corpo. Conheça os mecanismos por trás desse efeito e aprenda a tirar proveito do mineral que tambem afasta o câncer, controla a pressão e fortalece os ossos.




Foi por obra do acaso que pesquisadores da Universidade do Tennessee, nos Estados Unidos, descobriram, no final dos anos 1990, a íntima relação do cálcio com a perda de peso. Na verdade o que eles pretendiam era entender melhor a atuação do mineral no combate à hipertensão. Só que, então eureca! , verificaram nos participantes do estudo uma surpreendente redução de quilos, além da já esperada Mariana Del Bosco, que anda estudando o assunto na Universidade de São Paulo (USP).
Esmiuçando um pouco mais: ele bloqueia enzimas envolvidas na formação desse grupo celular. Experimentos demonstram que, na falta do nutriente, ocorre um desequilíbrio. Resultado: os adipócitos incham e o ponteiro da balança dispara. Outra ação do cálcio contra a obesidade aparece em um estudo europeu. Pesquisadores da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, comprovaram que alimentos ricos no mineral brecam a absorção da gordura vinda das refeições.
Em outras palavras, parte das moléculas engorduradas é varrida para fora do organismo na digestão, o que impede seu acúmulo.Para completar, há evidências de que o mineral atue no aproveitamento da insulina hormônio fundamental na regulação do metabolismo e da própria fome. Seu excesso na circulação contribui para o armazenamento de energia na forma de gordura, o que, óbvio, leva ao aumento do tecido adiposo. Ou seja, se falta cálcio a barriga salta aos olhos e os pneus dão o indesejado ar da sua graça.
No grupo de 42 voluntários que participam do estudo na USP foi detectada, logo de cara, uma deficiência do mineral e, coincidência ou não, vários quilinhos extras. Após cinco meses e com a adequação do consumo de boas fontes, sobretudo o leite desnatado, a equipe de Mariana Del Bosco já nota que as cinturas se afinaram. São os primeiros efeitos e, sem dúvida, já merecem comemoração. Incluir o cálcio no cardápio também ajudaria a manter bem longe a temida síndrome metabólica.
O problema que cresce no mundo inteiro resulta da soma de glicose elevada, pressão alta e alteração nos níveis de colesterol e triglicérides. Uma mistura explosiva que bota o coração em risco.A boa notícia é que o mineral desponta em estudos como aliado contra o mal. Uma análise de diversos trabalhos, recém-publicada no periódico científico americano The Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism, mostra uma associação entre o consumo de alimentos ricos no mineral e a diminuição do risco da síndrome.
queda na pressão arterial.
Depois disso muitos trabalhos vieram à tona para corroborar a tese da ação antiobesidade. Faltava apenas fugir do terreno das hipóteses e chegar a explicações mais consistentes. A investigação andou a passos largos e hoje já não há tantos mistérios sobre os mecanismos envolvidos nessa história.
"O cálcio interfere no desenvolvimento dos adipócitos, as células de gordura", resume a nutricionista Mariana Del Bosco, que anda estudando o assunto na Universidade de São Paulo (USP).
Esmiuçando um pouco mais: ele bloqueia enzimas envolvidas na formação desse grupo celular. Experimentos demonstram que, na falta do nutriente, ocorre um desequilíbrio. Resultado: os adipócitos incham e o ponteiro da balança dispara. Outra ação do cálcio contra a obesidade aparece em um estudo europeu. Pesquisadores da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, comprovaram que alimentos ricos no mineral brecam a absorção da gordura vinda das refeições.
Em outras palavras, parte das moléculas engorduradas é varrida para fora do organismo na digestão, o que impede seu acúmulo.Para completar, há evidências de que o mineral atue no aproveitamento da insulina hormônio fundamental na regulação do metabolismo e da própria fome. Seu excesso na circulação contribui para o armazenamento de energia na forma de gordura, o que, óbvio, leva ao aumento do tecido adiposo. Ou seja, se falta cálcio a barriga salta aos olhos e os pneus dão o indesejado ar da sua graça.
No grupo de 42 voluntários que participam do estudo na USP foi detectada, logo de cara, uma deficiência do mineral e, coincidência ou não, vários quilinhos extras. Após cinco meses e com a adequação do consumo de boas fontes, sobretudo o leite desnatado, a equipe de Mariana Del Bosco já nota que as cinturas se afinaram. São os primeiros efeitos e, sem dúvida, já merecem comemoração. Incluir o cálcio no cardápio também ajudaria a manter bem longe a temida síndrome metabólica.
O problema que cresce no mundo inteiro resulta da soma de glicose elevada, pressão alta e alteração nos níveis de colesterol e triglicérides. Uma mistura explosiva que bota o coração em risco.A boa notícia é que o mineral desponta em estudos como aliado contra o mal. Uma análise de diversos trabalhos, recém-publicada no periódico científico americano The Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism, mostra uma associação entre o consumo de alimentos ricos no mineral e a diminuição do risco da síndrome.

Caso tenha interesse em conhecer ou adquirir o Xtra-call da Herbalife (fonte de cálcio, vitamina D e magnésio) entre contato: thallessaude@hotmail.com .

Fonte: http://saude.abril.com.br/edicoes/0285/nutricao/conteudo_232215.shtml?pag=2

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Veja porque refrigerante diet pode estar relacionado ao ganho de peso, como sugere nova pesquisa

por Tamirys Collins

É comum que as pessoas que estão de dieta ou preocupam-se em manter a forma optem pelas versões diet dos refrigerantes, mas essa pode não ser a melhor solução se seu objetivo é emagrecer. De acordo com uma pesquisa apresentada durante uma conferência da Associação Americana de Diabetes, o consumo de refrigerante diet pode estar associado ao aumento de peso.
A pesquisa foi realizada na Universidade do Texas e acompanhou 474 indivíduos durante dez anos e que foram divididos em dois grupos: um que tinha o hábito de tomar refrigerante diet e o outro que não consumia a bebida. O resultado observado foi que a cintura de quem toma dois ou mais refrigerantes diet por dia pode aumentar seis vezes, se comparado com os que não consomem. Isso significa que quanto mais a pessoa toma a bebida dietética, mais ela pode engordar.
Para a nutricionista Eliane Romantini, o resultado tem sentido. "Quando a pessoa consome refrigerante diet, o corpo entende que vai consumir glicose por conta do sabor adocicado da bebida. Como ela não possui esse nutriente, o corpo fica esperando a glicose, que não vem e por isso a pessoa fica com sensação de fome e acaba comendo mais", explica a especialista.
Já para o endocrinologista Marcio Mancini, membro do departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e que esteve presente na conferência em que a pesquisa foi apresentada, não dá para saber se os resultados de ganho de peso foram somente por conta do consumo do refrigerante diet ou se as pessoas que participaram do estudo tinham outros hábitos nocivos que podem ter influenciado nesse resultado. "Não dá para tirar uma conclusão de que o refrigerante diet é o vilão da dieta. Nós não sabemos os hábitos paralelos do grupo consumidor de refrigerante diet. Pode ser que eles tinham hábitos alimentares piores do que os não consumidores da bebida e esse seja o verdadeiro motivo do aumento de peso", afirma. Para Mancini, devem ser feitos estudos mais conclusivos e aprofundados.
Aspartame
De acordo com outra pesquisa apresentada na conferência, o aspartame, um adoçante e que também pode ser encontrado em produtos diet, aumentou o nível de açúcar no sangue de camundongos com propensão a diabetes.
Márcio Mancini alerta, porém, que nem tudo que acontece no organismo do rato acontece no do homem. "Resta saber se esse resultado é específico para os animais ou se no homem acontece a mesma coisa. Por isso, estudos mais aprofundados precisam ser feitos antes de tirar qualquer conclusão precipitada", diz o especialista.

Açúcar faz tão mal quanto álcool e cigarro, diz artigo médico na 'Nature'

Consumo de alimentos doces triplicou no mundo nos últimos 50 anos.
Ingestão excessiva está ligada a diabetes, câncer e doenças cardíacas.


O consumo de açúcar pode ser tão prejudicial quanto o abuso de álcool e cigarro, segundo artigo publicado por médicos na revista científica “Nature” nesta quarta-feira (1º). Isso porque a ingestão excessiva de sacarose e frutose, que triplicou no mundo nos últimos 50 anos, está ligada ao surgimento de doenças crônicas não-contagiosas, como diabetes, câncer e problemas cardíacos.
Em setembro do ano passado, a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou que, pela primeira vez na história, as doenças crônicas não-transmissíveis representam um ônus maior para a saúde pública mundial que as doenças infecciosas.
Esses males já são responsáveis pela morte de 35 milhões de pessoas por ano, segundo as Nações Unidas – 80% em países pobres ou em desenvolvimento, onde refrigerantes são muitas vezes mais baratos que água potável ou leite.
Em geral, o álcool e o cigarro são regulados pelos governos como forma de proteger a saúde da população, mas não há controle sobre a alimentação. Segundo os autores do artigo, Robert Lustig, Laura Schmidt e Claire Brindis, a regulação das autoridades deveria incluir o aumento de impostos sobre produtos industrializados acrescidos de açúcar (como refrigerantes, sucos, achocolatados e cereais), a limitação de vendas no horário escolar e em ambientes de trabalho e a imposição de limites de idade para a compra.
Mas essas regras são mais complicadas, de acordo com os pesquisadores, pois os alimentos são considerados bens essenciais, ao contrário do álcool e do tabaco.
Atualmente, há no planeta 30% mais indivíduos obesos que desnutridos, de acordo com os médicos. E a dieta ocidental, com muitos alimentos processados, tem contribuído para essas crescentes taxas. Apenas 20% dos obesos têm um metabolismo e uma vida normais – os demais sofrem com problemas como hipertensão, diabetes, apneia do sono, gordura no fígado e disfunções ortopédicas ou articulares.
As autoridades de saúde costumam considerar o açúcar como "calorias vazias", mas evidências científicas mostram que sacarose e frutose demais podem desengatilhar processos tóxicos no fígado ou reações capazes de causar uma série de doenças crônicas.
Controle do açúcar pelo mundo
Segundo os autores do artigo na "Nature", EUA e Europa ainda veem a gordura e o sal como os grandes vilões da alimentação, mas a atenção deve começar a se voltar para os produtos com adição de açúcar (moléculas de frutose acrecidas em comidas processadas).
Em outubro do ano passado, a Dinamarca optou por taxar alimentos ricos em gordura saturada, apesar de a maioria dos médicos não acreditar mais que essa substância seja a principal culpada pela obesidade. Agora, o país considera tributar os doces.
Outras nações europeias e o Canadá tentam impor pequenos impostos sobre alimentos adoçados. E os EUA já consideram taxar o refrigerante – um cidadão americano consome em média 216 litros por ano, dos quais 58% contêm açúcar.
A cidade de São Francisco, na Califórnia, proibiu recentemente a inclusão de brinquedos oferecidos em refeições fast-food. Outro limite possível para proteger as crianças seria proibir comerciais sobre produtos com adição de açúcar, destacaram os autores.

Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2012/02/acucar-faz-tao-mal-quanto-alcool-e-cigarro-defende-artigo-da-nature.html

Confira 5 dicas para reduzir o consumo excessivo de sal

por Tamirys Collis 

"Evite o excesso de sódio". Essa é a principal recomendação de nutricionistas, cardiologistas, endocrinologistas. Isso porque o mau hábito está diretamente relacionado a hipertensão (pressão arterial elevada), câncer gástrico, problemas renais, retenção de líquido e aumento de peso. Os brasileiros, porém, não parecem estar muito preocupados com isso já que consomem cerca de 13 gramas de sal por dia, quando, na verdade, o máximo recomendado são 6 gramas. Como evitar então esse excesso e optar por alimentos e preparações mais saudáveis?
Para começar é importante esclarecer que sódio e sal não são a mesma coisa. O sódio é um mineral que está presente naturalmente na maioria dos alimentos, mas o seu consumo excessivo acontece quando ingerimos sal exageradamente, já que essa é a fonte mais abundante de sódio.
Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a quantidade máxima de sódio que pode ser consumida por dia é de 2400 mg, que equivale a 6 gramas de sal. A nutricionista Adriana Ávila, da clínica Vitay Medicina de Emagrecimento e Estética, explica que dessas 6 gramas "permitidas", deve-se considerar que 2 gramas já estão presentes nos alimentos como queijo e leite. As outras 4 gramas de sal (4 colheres de café rasas) são usadas no preparo dos alimentos. O que acontece é que as pessoas acabam abusando da quantidade de sal nas preparações das comidas e comendo alimentos que contem muito sódio. Dessa forma, consomem o dobro da quantidade permitida.
Segundo a Anvisa, para que um alimento seja considerado rico em sódio, ele deve conter mais do que 480 mg por porção. Alguns exemplos: batata chips (1 pacote de 100g) - 594 mg de sódio; linguiça (2 unidades de 100g) - 1294 mg de sódio; macarrão instantâneo (1 pacote) - 1760 mg de sódio; sopa instantânea (1 caneca de 200 ml) - 792 mg de sódio; azeitona verde (30g) - 925 mg; presunto magro (cerca de 50g) - 700 mg. A nutricionista recomenda que as pessoas fiquem de olho nos rótulos dos alimentos industrializados e evitem aqueles que apresentem uma quantidade exagerada desse nutriente, dando prioridade aos que tenham menos sódio.
Essa quantidade pode também variar de acordo com a marca, por isso é tão importante ler a "bula" dos alimentos antes de comprá-los. É que uma pesquisa divulgada pela Anvisa apontou que o macarrão instantâneo é o produto que têm mais sódio. O estudo mostrou ainda que, dependendo da marca, a pessoa ingere em uma porção 167% do sódio recomendado para o consumo diário. A agência comparou 12 marcas do alimento e chegou a conclusão que algumas têm duas vezes mais sódio que outras. E foi de olho nessa realidade que o Ministério da Saúde e os fabricantes de produtos alimentícios fecharam nesta quinta-feira, 7 de abril, um acordo para reduzir o uso desse nutriente na fabricação de alimentos.
Além de prestar atenção nos rótulos, dar preferência aos que tenham menos sódio e evitar o consumo dos alimentos citados acima, a dica da nutricionista Eliane Romantini é substituir o excesso de sal por ervas naturais, como orégano, alecrim, semente de aipo, louro. "Assim a comida não fica sem graça, já que as ervas acentuam o gosto sem precisar abusar do sal", finaliza.

Fonte: http://cristianaarcangeli.com.br/saude-e-nutricao/confira-5-dicas-para-reduzir-o-consumo-excessivo-de-sal/